GRUPO DE TEATRO CHICO DANIEL

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sábado, 15 de maio de 2010


Restam-me as flores do caminho para te acompanhar
Um poema cantado de mansinho só para te ver chegar
Abrigado ninho que nunca se consegue calar
Sei que vou morrer sozinho, mas que seja em frente
ao mar!
Restam-me as lágrimas de linho do teu manto de
aconchegar
O ventre fecundo de dor e carinho com que me faço
trovejar
Grito em chaga, rosa e espinho de aroma a pele de
desejar
Sei que vou morrer sozinho, mas que seja em frente
ao mar!
Restam-me os passos banhados a vinho de tanto se
tragar
A saudade feita moinho de cada vez que o silêncio
se faz ecoar
A viagem vagabunda em desalinho sem rumo a soar
Sei que vou morrer sozinho, mas que seja em frente
ao mar!
Resta-me um dia apenas um pelourinho e chorarO
tempo em que escrevinho a ficar a ficar
a ficar...
Eterno mel e pergaminho, em fuga de nunca
se escapar
Sei que vou morrer sozinho, mas que seja em frente
ao mar!

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